Iniciei novembro com formação continuada no hotel fazenda Casa Grande em Gravatá entre os dias 12, 13 e 14, a formação foi destinada para os profissionais de apoio escolar. Neste momento, pude reunir um pouco de memórias do lugar e da experiência para adicioná-las no meu diário, por coincidência, fiquei no quarto 614 e em frente para o lago. O tema da formação foi Construindo uma escola para todos: práticas transformadoras para uma educação inclusiva e equitativa, com vários palestrantes. Também elaborei umas páginas experimentais para criar fundos próprios com o scanner photography com objetos pessoais como bijuterias antigas e uso do carimbo novo, além disso, tentei com quase nenhum êxito, um pouco de lettering.

Figura 1 – Página sobre o segundo dia de formação

Figura 2 – Formação continuada e fundo com scanner photograph

Figura 3 – Versões de mim e tentativa de lettering

Fonte: acervo pessoal, 2025.

            Nas páginas de outubro, me inspirei em ideias mais nostálgicas que remetem ao passado. Fiz uma página com itens da minha adolescência e infância como usar celular rosa e admirar a beleza juvenil do Justin Bieber, além das demais outras futilidades tão divertidas. Também fiz uma lista de favoritos do mês com coisas que desejei muito, pensei ou consumi quase todos os dias de outubro.

Uma página inspirada no trecho da música Equation da Camille Dalmais, trilha sonora do O Pequeno Príncipe, que me marcou. Uma tentativa de imprimir foto em preto e branco em folhas coloridas, no caso, na cor preta, inspirado em zines com a frase de uma música poética da banda Coldplay, que não deu tão certo.

A nota fiscal dos Correios de quando enviei meu primeiro filme analógico para ser revelado amassada e, por cima, uma das fotografias digitalizadas. Uma página digitalizada do livro O Pequeno Príncipe da melancólica despedida. Uma lista de coisas bobas e divertidas que acreditada quando era criança. Uma foto antiga que tinha de uma viagem a Bonito no tempo da graduação de uma porta que era pura arte e muita fake cabine fotográfica feitas, principalmente no site mysckethbooth.com.

Uma das principais ideias que tive, e que mais gostei, foi de imprimir fotografias em folhas de caderno e acabou dando muito certo para criar uma estética que remete a escola ou algo mais simples e casual. E mais fotos de fake cabine fotográfica sobre papel rendado.

Figura 1 – Dear Me From 2010

Figura 2 – Favoritos de outubro 

Figura 3 – Inspirada em Equation

Figura 4 – Flay With You

Figura 5 – Primeiras fotos da Kodak M35

Figura 6 – A flor

Figura 7 – A outra parte da folha preta

Figura 8 – Crenças da infância

Figura 9 – A porta que era arte

Figura 10 – Fake cabine fotográfica

Figura 11 – Fotos instax em folhas de caderno

Figura 12 – Fotos de fake cabine fotográfica

Figura 13 – Recortes de folhas de caderno

Figura 14 – Testando o carimbo na folha de caderno com foto instax

            Passei um bom período de tempo obcecada por fotografias analógicas. A câmera que a minha mãe costumava usar na minha infância tinha quebrado e só me restava esse desejo constante. Prontamente, resolvi comprar a câmera analógica mais simples e econômica possível depois das descartáveis, no caso, a Kodak M35. Comecei a usar o filme em 2023, e finalmente fui revelá-lo em outubro de 2025 pelo Lab Pura Arte de Recife representado pelo Harrison Full.

Ainda tenho o desejo de testar as câmeras descartáveis, o filme Kodak com iso 400 e até mesmo uma câmera com mais opções de controle de fotografia usada por profissionais. Em seguida, estão os resultados dessa brincadeira. Nota-se, certamente, que não sei ainda como tirar foto no espelho e a presença de um dedo ou outro em algumas fotos, como é de costume na M35.

É, realmente, algo muito penoso que a fotografia analógica no Brasil seja um hobbie não tão acessível ou barato como é em outros países, por ser a materialização de um momento, uma memória, uma lembrança histórica ou unicamente sentimental. As cores e estética das fotografias analógicas carregam essas características que lembram o momento como ele é imaginado. Quero fazer parte de um mundo que a fotografia analógica seja totalmente corriqueira.

            Carlo Acutis, nascido em 1991, é conhecido como o santo gamer ou santo da internet. Canonizado em 7 de setembro de 2025, Carlo criou um site para evangelizar e catalogar milagres. Sua trajetória é repleta de fé e atos de bondade, compaixão e caridade. Mesmo tendo falecido aos 15 anos de idade, ele deixou um legado de santidade inspirando a vida de diversas pessoas, principalmente as que participaram da sua rotina. Mesmo não sendo católica, Carlo continua sendo um exemplo de jovem cristão prodígio e de como uma vida com propósito pode marcar uma geração.

Figura 1 – Ser como Carlo Acutis