O texto Patrimônio
Histórico, Memória, História e Construção de Saberes da autora Eliana de
Souza Rolim trata sobre a preservação dos patrimônios históricos com a
intenção de demonstrar como a memória e a história contribuem com
a construção de saberes para a (re)produção dos conhecimentos
históricos aliados a preservação da memória coletiva de comunidades
e sociedades, exemplo do campo pesquisado em texto, a cidade de Cajazeiras. Localizada
no Alto Sertão da Paraíba, a cidade experimentou a derrubada e a reforma de
prédios e casarões históricos devido o processo de modernização que vem
acompanhado da urbanização das cidades.
Dando continuidade, Rolim (2010) discute sobre a dualidade que há no progresso e na modernização urbana pensando nas informações e sensações que as imagens (paisagens) sobre um determinado ambiente contam para os espectadores (ou, habitantes) em relação a história da cidade quando contraposta com as passagens do tempo (o passado, o presente e o futuro). O último, é entendido pela autora como detentor do progresso e da modernização. Levando em consideração a importância deste quadro visual que é construído naturalmente na memória coletiva da população, e também, individualmente quando feita por cada indivíduo quando criam, mesmo que inconscientemente, um relacionamento imagético entre a história e a memória.
Devido a
este relacionamento imagético entre história e memória, o
profissional historiador, por exemplo, tem a missão de compreender o quanto pode
ser perigoso ver os depoimentos das pessoas e principalmente de alguns
moradores locais como verdades absolutas para a história oficial por
causa da pluralidade dos conceitos de realidade. A memória
é uma área interdisciplinar, que necessita então, de diversas outras ciências
sociais como a Sociologia, a Antropologia e especialmente a História
para ser (re)produtora de conhecimento.
Em conjunto, essas áreas do conhecimento destacam e determinam as características e ideais de cada cidadão, uma vez que o meio influencia o sujeito (em sentido de comportamento, vestimentas, crenças e modos de economia local) e o mesmo acaba influenciando este meio social em que está inserido por meio das suas ações e o desenvolvimento de um senso crítico que é estimulado por uma insatisfação na dinâmica local que o fará questionar a importância de cada tradição e o porquê nos tornamos reféns de algumas.
Compreendendo, desta forma, como a memória age como um instrumento de poder conforme demonstrado nos centros culturais (observar figura 1). E que a mesma pode ser manipulada segundo os interesses de determinados grupos sociais com a intenção de reproduzirem incansavelmente réplicas e reflexos de quadros e espelhos de miséria. Fazendo com que os grupos que são menos escolarizados permaneçam em movimentos circulares entre o tempo recebendo apenas distorções sobre o que seria considerado progresso e a modernização, enquanto as elites culturais planejam e decidem o futuro da localidade.
Figura 1 – Instituto Histórico
e Geográfico de Vitória da Santo Antão – IHGVSA
Fonte: http://ihgvsa.org.br/.
Anulando, muitas vezes, nesta dança circular, os ideais de cada cidadão ao utilizar o subterfúgio de que alguns ideais possam prejudicar a ordem e a perpetuação do conhecimento, tendo em vista a sanidade de cada indivíduo. Então, pertenceria em coletividade, aos cidadãos que estão direcionados para as diversas áreas do conhecimento, como exemplo dos estudantes e universitários, a preservação da memória social e a construção dos conhecimentos históricos.
REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS
ROLIM, Eliana de Souza. Patrimônio histórico,
memória, história e construção de saberes. Cajazeiras – PB, 2010.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA PUBLICAÇÃO
OLIVEIRA, Taylaine Moura de. “Patrimônio histórico, memória, história
e construção de saberes” de Eliana Rolim. Disponível em: https://pedagogiasocialportaylainemoura.blogspot.com/2020/10/patrimonio-historico-memoria-historia-e.html.
Texto escrito para a disciplina de Metodologia do Ensino de História e Geografia proposto pelo professor Jason Ayres em 2018.