AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E A INFLUÊNCIA NA PRÁXIS DOCENTE


            Com a intenção de analisar como a prática docente costuma ser construída pelos educadores no universo da sala de aula, e consequentemente, como ocorrem as relações professor-aluno e de ensino-aprendizagem, a pesquisa buscou utilizar métodos de coleta de dados (que constam nos apêndices A) aplicados no formato de questionários virtuais por meio de aplicativos de mensagens para compreender as visões e escolhas de concepções educacionais de uma profissional da Educação Especial para orientar a sua práxis pedagógica.
            Licenciada em Pedagogia e pós-graduanda em Neuropedagogia com formação em Língua Brasileira de Sinais – Libras (Básico II), a entrevistada atua em sala de aula há dois anos na área da Educação Especial oferecendo apoio pedagógico (observar a figura 1) para crianças da rede municipal do ensino fundamental I com necessidades educacionais especiais com a finalidade de amenizar os desafios e dificuldades que são demonstrados pelos educandos com transtornos ou deficiências físicas.

Figura 1 – Entrevistada auxiliando criança com necessidades educacionais durante apoio pedagógico
Fonte: acervo pessoal da entrevistada, 2018.

            Questionada sobre as concepções pedagógicas que costuma ter contato com mais frequência, a profissional comenta as concepções tradicional e tecnicista do grupo de tendências liberais e a concepção crítico-social do grupo de tendências progressistas. Em seguida, foi perguntando: Você utiliza qual tendência pedagógica na sua prática? E qual vantagem você ver? “Crítico-social, onde a vantagem é vivenciar o que acontece no contexto do educando.” (SANTOS, 2020).

            Em Alunos surdos no ensino fundamental: um estudo acerca das dificuldades do professor escrito em 2019, a educadora dialoga sobre a formação continuada que é destinada para os profissionais que contribuem com os processos de ensino-aprendizagem de pessoas com necessidades especiais e as dificuldades que este profissional costuma enfrentar para construir uma práxis educacional significativa para a realidade dos estudantes.
A pesquisa justifica-se pela necessidade da importância de como o professor pode lidar com o aluno surdo em sua sala de aula, mostrando ao mesmo a necessidade da especialização no atendimento aos alunos surdos no Ensino Fundamental, contribuindo para atender as especificidades de cada criança surda, assim facilitando o completo desenvolvimento da mesma. (SILVA; SANTOS; QUEIROZ, 2019. p. 15).
            Para Santos (2019), os conhecimentos pedagógicos dos profissionais que atuam na Educação Especial são essenciais no sentido de influência para a vida e atuação social dos estudantes (observar figura 2) e também para a modificação do contexto em que estão inseridos. José Carlos Libâneo (1984) articula como a concepção crítico-social busca incentivar os estudantes a encontrar-se nos modelos socioculturais que são apresentados pelos professores por meio de conteúdos que estão associados ao cotidiano da comunidade externa da instituição.

Figura 2 – Profissional da educação especial acompanhando criança durante atividade pedagógica
Fonte: acervo pessoal da entrevistada, 2018.

Vídeo 1 – Momentos de interação da profissional no ambiente escolar com as crianças que recebem acompanhamento educacional especializado
 
Fonte: acervo da experiência, 2020.

REFERENCIAIS


LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico–social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1984.

SILVA, Ana Maria da; SANTOS, Kelaine Maria dos; QUEIROZ, Maria de Jesus de. Alunos surdos no ensino fundamental: um estudo acerca das dificuldades do professor. Artigo não publicado. Faculdade da Escada – FAESC. Escada, 2019.

SAVIANI, Dermeval. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. Campinas, 2005. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/Dermeval_Saviani_artigo.pdf Acesso em 28 de março de 2020.



APÊNDICES A – MÉTODO DE COLETA DE DADOS: ROTEIRO PARA O QUESTIONÁRIO ELABORADO COM A INTENÇÃO DE DIALOGAR SOBRE AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA DOCENTE[1]


1 – Nome do profissional?
            Kelaine Maria Araújo dos Santos.
2 – Trabalha em escola pública ou privada?
            Escola pública. 
3 – Tempo em sala de aula?
            Dois anos em sala de aula.
4 – Formação?
            Pedagogia e pós em neuro psicopedagogia.
5 – Você conhece alguma tendência pedagógica? Qual ou quais?
            Sim, critico-social, tradicional, tecnicista e etc.
6 – Você utiliza qual tendência pedagógica na sua prática? E qual vantagem você ver?
            Crítico-social, onde a vantagem é vivenciar o que acontece no contexto do educando.       
7 – Quais as dificuldades encontradas na prática professoral?
            Muitas, a principal é a falta de recursos matérias.
 8 – O que motivou sua escolha profissional?
            Oportunidade de emprego.
9 – Como você ver o reconhecimento da sua profissão no futuro?
            O reconhecimento do professor na atualidade é horrível, e futuramente é provável que venha a piorar.


Referência Bibliográfica desta publicação:

OLIVEIRA, Taylaine Moura de. As tendências pedagógicas e a influência na práxis docente. Disponível em: https://pedagogiasocialportaylainemoura.blogspot.com/


[1] Método de coleta de dados (questionário) para direcionar a atividade proposta pela professora Cláudia Cruz na disciplina de Teorias Pedagógicas do Centro Universitário Facol – UNIFACOL.

2 comentários:

  1. Belíssimo, amei ter participado de forma significativa nesse trabalho 💕 sucesso 🌺

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    1. Oi, obrigada por ter participado. Eu estava há muito tempo sem conseguir postar nada. Parabéns pelos dois anos de trabalho realizado na Educação Especial.

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