Entre as décadas
de 1960 e 1970, Pirituba era uma vila com uma população pequena. Os principais
pontos referenciais da vila eram uma capela (a de São João Batista), uma
maternidade e uma única sala de aula que costumava ser chamada de Escola Mínima
de Pirituba, tendo como primeira professora uma mulher conhecida pela localidade
por “Conceição”. A vila, que até então não tinha água encanada nem calçamento
dependia de uma iluminação precária e o transporte acontecia por meio de
cavalos.
Naquele período,
a maior fonte de renda do ambiente estava concentrada na agricultura e na
criação de gados. Costumes econômicos que são preservados pelos habitantes. Em
1878, foram construídas duas salas de aula na Rua Nunes Machado pela prefeitura
que vieram receber o nome de Escola Municipal Duque de Caxias (observar figura
1) devido as manifestações dos moradores locais.
Figura 1 – Entrada da escola Municipal Duque de Caxias
Reconhecida pela portaria S.E. n° 7.369 de 25 agosto de 1987, D.O. de 28 de agosto de 1978, M. n° 211.039, a escola recebeu esse nome para homenagear a educadora “Conceição”, primeira professora da instituição. “Conceição”, era apontada pelos estudantes como guerreira e carrasca, referência ao patrono do exército brasileiro, Luiz Alves de Lima Silva. Posteriormente, houve no turno da manhã a formação de uma turma de 4º e 5º ano (antiga 3ª e 4ª série) com 36 alunos liderados por Edísia Gonçalves da Luz, primeira professora formal.
Atualmente com 10 mil habitantes, a
escola campesina atende 716 alunos divididos entre os turnos da manhã, tarde e
noite nas etapas da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e na
modalidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA. A instituição comporta os
estudantes em 14 salas de aula (observar figura 2) com uma média de 30 pessoas
em cada turma. Tendo um quadro de funcionários composto por diretor e vice, além
de três funcionários na secretaria realizando a parte técnica.
Figura 2 – Salas de aula internas do
pátio
Além de 18 professores distribuídos
pela manhã, outros 15 profissionais à tarde e cinco no turno da noite com formação
específica para cada área de conhecimento e pós-graduação com titulação de mestrado
e doutorado. Ainda sobre a parte física, a escola contém seis banheiros, uma
quadra para eventos, uma cozinha, onde é feito a merenda escolar, um
almoxarifado, um depósito de merendas e uma secretaria.
De acordo com a
gestão, acontecem reuniões pedagógicas trimestralmente, mas o foco é mensal.
Inclusive, há também o oferecimento de cursos técnicos, além de projetos e
amostras culturais (observar figura 3) para estreitar o vínculo com a
comunidade. Ainda com esta finalidade, o ambiente fica aberto nos finais de
semanas. E os educandos estudam no contra turno aulas de reforço para as
disciplinas de Português e Matemática e também aulas de música com o intuito de
participarem da banda marcial da escola que é composta por 45 estudantes de
diversas séries.
Figura 3 – Corredor da escola com algumas produções dos estudantes
A instituição
ainda conta com programas como o Mais Alfabetização, Mais Educação
e o Travessia durante o período da noite que atende umas duas turmas da
escola Madre Lucila. A maioria dos educandos moram próximo da escola, mas também
há acesso ao transporte público. O maior destaque observado na escola, foi em relação a
atenção dada para a Educação Especial, além da sala de Atendimento Educacional
Especializado – AEE (observar figura 4) que atende em torno de sete estudantes pela
manhã e oito durante a noite.
Figura 4 – Entrada da sala de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
A professora da
sala de Atendimento Educacional Especializado é formada em Pedagogia com
especialização em Educação Especial, Atendimento Educacional Especializado e Transtorno do Espectro Autista – TEA, e busca auxiliar no contra
turno educandos com Distrofia de Duchenne, Déficit de inteligência, Autismo
leve, problemas com a fala e outras deficiências ou transtornos que ainda estão
em avaliação. A educadora trabalha com diversos recursos didáticos, além da
elaboração de relatórios diários em que descreve o desenvolvimento de cada
educando individualmente.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
As informações apresentadas neste texto foram
coletadas por meio de entrevistas não estruturadas e diálogos informais com o
gestor escolar e a professora responsável pela Educação Especial com o auxílio
de um documento sobre a escola, pois até o momento da visita feita no ano de 2018,
a escola ainda não continha o Projeto Político Pedagógico. A visita foi
realizada em dupla com a graduada em Pedagogia Elitan Fernando da Silva
proposta pelo professor Especialista Isaías da Silva para a disciplina de
Educação do Campo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTA PUBLICAÇÃO
OLIVEIRA, Taylaine Moura de. SILVA, Elitan Fernando da. SILVA, Isaías da. Duque de Caxias: caracterização de uma escola campesina em Vitória de Santo Antão. Disponível em: https://pedagogiasocialportaylainemoura.blogspot.com/2020/10/duque-de-caxias-caracterizacao-de-uma.html.
Texto escrito no ano de 2018.
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